Eu
sombreei aquele dia
E eram
contornos cinzentos
Numa
moldura, eu diria, vazia.
Se
estas linhas não têm sentido
Digo-lhes
que não me isento.
Porque
se os contornos são cinzentos,
Eu
também reitero: eles são frios.
E a
frialdade de cada ser é enigma intangível
E só a
entende ele próprio.
Naquele
dia sombrio,
No
entanto, fiquei um pouco sóbrio.
Não foi
ópio, mas não tolheu euforias
Ao
relento, vislumbrei um sorriso.
Como se
no vento pairasse
E a mim
chegasse,
Sombreei
de amarelo-vida
Meus
sóis de felicidade.
│Autor:
Magno Catão – Livro “Convalescente”; Sarau das Letras, 2017│