Guardo as palavras, assim desejo.
O que
falo é repertório econômico.
Observando
tudo que não fala na minha língua,
descubro
os obscuros idiomas da vida.
Por
exemplo, o intervalo de uma hora específica,
seu
correr leve, as coisas engendradadas,
tudo
que meu coração disto captura.
Quando
o vento passa sobre as águas,
escuto as
palavras que não sei dizer.
│Poema
da Série “Palavra” – Autor: Webston Moura│