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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Brutos Silêncios



Silêncio (1900) - Odilon Redon



Pessoas (ditas) importantes viram nome de rua. Andamos por aí e nos deparamos com um bocado deles. As placas, geralmente antigas, exibem os nomes. Nós os lemos, mas, em geral, nosso interesse é apenas de nos localizarmos, não estamos interessados mesmo em saber sobre os donos dos nomes.

Paro a pensar nisso e vejo ali o nome inscrito, silencioso, grafia bem riscada que reduz tudo o que foi aquela pessoa ao registro, uma anotação fria. Tenho a impressão de que o silêncio que aquele nome me dá é uma criptografia, um segredo que tenho que desvendar. Em seguida, deixo isso de lado, pois sei que estou apenas imaginando, ficcionando a situação.