Agência FAPESP – A trajetória do tipógrafo, livreiro e poeta Francisco de Paula Brito (1809-1861) é investigada no livro Francisco de Paula Brito: A Black Publisher in Imperial Brazil (Nashville: Vanderbilt University Press, 2020), de autoria do professor Rodrigo Camargo de Godoi, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A publicação foi lançada em dezembro de 2020 e contou com auxílio da FAPESP por meio da linha de fomento Auxílio à Pesquisa – Publicações.
A obra estuda a origem histórica do editor no Rio de Janeiro, quando esses empreendedores de bens culturais impressos igualmente surgiam em diferentes cidades do Ocidente, como Paris (França) e Nova York (Estados Unidos).
Paula Brito, como gostava de ser chamado, deu início ao movimento editorial brasileiro. Homem negro de origem modesta e sem instrução formal foi um dos precursores da imprensa e do mercado literário no Brasil.
O contexto histórico abordado no livro foi fundamental para a história do Brasil, porque coincidiu com a mudança da Corte Portuguesa de Lisboa ao Rio de Janeiro (1808); a Independência do Brasil (1822); o desenvolvimento da imprensa e da literatura brasileira; a expansão e eliminação do comércio de escravos transatlântico; e o crescimento da população do Rio de Janeiro e a economia cafeeira.
Embora abranja cinco gerações da família de Paula Brito, que deixou a escravidão no século XVIII, a publicação se concentra nas atividades de seu protagonista entre as décadas de 1830 e 1850.
O livro pode ser comprado no site da editora. A sua versão em português, com o título Um Editor No Império: Francisco de Paula Brito (Edusp, 2016), pode ser encontrada nas principais livrarias e lojas virtuais.
Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, comente!