à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
│ LUÍS MIGUEL NAVA, in VULCÃO (Quetzal Editores, 1996); in POESIA (Assírio & Alvim, 2020)
│Fonte: Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen
│Fotografia ©Adriano Basto
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