Fala-se
muito.
E há
muitos fogos.
Carros
assomam às ruas.
Sequer
é dia especial.
Fala-se
muito.
Há
muitas queixas e pouca solução.
No
vozerio,
um
homem, só,
desata
sua última canção
e sequer
risca a parede.
A moça,
de vermelho, passa.
Parece
feliz, com seu andar resolvido e leve.
Não vê
o homem.
Ninguém
o vê.
As
vozes não permitem,
o barulho
não permite,
a pressa
não permite.
Há um
mundo a se viver,
sem este homem, claro,
este que desata seu último grito contra a escuridão.
sem este homem, claro,
este que desata seu último grito contra a escuridão.
│Autor:
Webston Moura│
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