Sentas-te ainda à mesa ― escreves
palavras
tão compactas, tão opacas
como a
luz que te cega. Cada dia
promete
o infinito em meia dúzia
de
palavras ― amor,
a vida,
o tempo, a morte, a esperança,
o
coração. Repete-as,
repete-as
muitas vezes em voz alta
e
escuta a sua música
até não
quererem dizer nada.
│Autor: Fernando Pinto do Amaral │
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