A tulipa solitária, única
A flor de orquídea, feminina
Como esse tempo gira
Nesse corpo agora híbrido
O verde guaco, ao chá
A cevada integral, o trigo
Os pombos na praça
É hora da ceia do milho
As azaleias caducas, rústicas
Ofuscam os olhares transeuntes
No seio da donzela, a flor dobrada
Amores vividos na primavera
Ao som dos trovadores
Os amantes enciumados
Disfarçam o veneno
No anel do dedo intrigante
O amor é poetizado
O olhar é imerso na traição
O punhal do crime embebido
De sangue quente vertido.
|Autor: Washington Lopes|
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Washington Lopes é graduado em Ciências Exatas pela UECE. Professor, leciona no ensino médio e em cursinhos. Natural de Fortaleza, mora em Limoeiro do Norte desde o final dos anos 1970. Casado, pai e avô. Sonhador de um mundo melhor, portanto, também poeta. Facebook: https://www.facebook.com/Washingtonorbital