O tempo,
não o colhemos com a mão,
nem lhe damos pela cor.
E em silêncio,
ele compõe e decompõe,
pintor feroz de paisagens alucinadas.
O tempo,
digo com cuidado,
é esta lâmina ácida,
a lamber e mastigar,
atravessando, devagar, a carne das coisas.
Amigo, inimigo,
presença em sempre constância,
subir e descer poeiras na música em chamas,
o tempo é uma bailarina de flamenco à beira de um penhasco.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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