O que
não escrevo,
as cargas
de fósforo que o mofo come,
a luz
que não nasce e, ao contrário,
desaparece
nos confins do não-sei-quê.
O que
não escrevo,
o
sangue-incógnita perdido na coisa-vã,
a
gueixa e a batalha gaveta adentro,
o aroma
sem qualquer asa.
Sim, eu
sei que esse é um tempo de testemunho.
Mas me
cansa essa gente toda se afogando no incalculável.
│Autor:
Webston Moura│