Toda
cidade tem sua parte baixa, periférica.
É onde
os pobres teimosamente vivem.
A chuva
que molha os altos, a fazer serenata nas varandas,
é a
mesma que, nas partes baixas, desassossega.
Desfazer
casas e barracos, fazer rolar ribanceiras,
sua chegada
tem dessas tarefas de ofensa.
Ainda
assim, por uma mágica razão de sentir,
uma mão
sensível recolhe pingos e os bebe misturados a um sorriso.
│Poema
da Série “Por Ocasião da Chuva” – Autor: Webston Moura│
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