sábado, 24 de dezembro de 2016

ASA E VOO

Fala-se de amor.
A canção popular se gasta nisso.

A custo,
léguas depois,
oceanos de cegueiras depois,
já na clareira conseguida,
começamos a amar.

É que já abrimos a mão
e a fizemos asa.

É lá, oculto céu,
o lugar onde o amor não sabe o medo.
Por isso, asa e voo, o amor;
                             medo, não.

(É o que diz a canção)



Fiquei mudo ao lhe conhecer
O que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser
Nada ficou intacto
─ Djavan, “Boa Noite”



│Autor: Webston Moura
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