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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O QUE SEI DE COR

Sou do sertão, mas cresci na cidade.
Fui me sabendo por carnaúbas,
mas também por Olho Vivo e Faro Fino.
Sou a fronteira que atravessou os rios do tempo
e que, depois de todos os reveses,
deseja apenas paz.
E sei que paz não é um apenas.

Não tenho vergonha de ser nostálgico.
Não me incomodam os “críticos”
(Vestidos de latim ou de molotov,
não sabem sentir à altura de nenhuma alma).

Sou do sertão, mas cresci na cidade
(Cidade do interior).
Lembro-me dos parques de diversão.
Nas radiadoras, ouvia-se:
“Esta é a última canção que eu faço pra você”.
E as mocinhas paqueravam, leves e risonhas.
E os rapazes, igualmente vestidos de simplicidade
                                                                      e inocência.

(Eu era feliz e não sabia)

Sou de um mundo que morreu,
quer dizer, minha alma mais criança
o sabe, o sente e o vive, só ela.

E, se tudo for ilusão,
quero as mais bonitas, sempre!

Ao meu redor, dizem que progredimos.
Mas desconfio da propaganda.
Aprendi isso com Olho Vivo e Faro Fino.

O que melhor sei, sei de cor,
ou seja, de coração.

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│Autor: Webston Moura│
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