No
jardim
─ ar
níveo, aquoso e leve ─,
depois
do alpendre de madeira,
onde
floresciam lembranças,
amabilidades
tranquilas,
vergéis
cor de lua,
havia-se
consigo e só
(seu
olhar e seu pulso)
no
sentir dos enquantos:
amava o
próprio amor,
os
olhos de Annie Lennox.
Relia a
carta escrita à tarde;
ressentia,
suave, o papel,
sua cor
e textura,
a
mágica que lhe definia
para
aquela função:
palavras
que eram todas adição.
(Fecha
os olhos:
nuances
te pronunciam
─ raridade
íntegra ─,
como o
que vês
assim
no doce escuro
que se
adensa por teu corpo)
Sabia-se
consigo e só
(seu
cheiro por si percebido)
e toda
a sua pessoa era idílio.
.........................
Poema escrito sob inspiração de, entre outras, "Why", música de Annie Lenox, a qual você escuta aqui: https://youtu.be/.
│Autor: Webston Moura│
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, comente!